O dia que eu pulei no mar aberto

14:25:00



É, eu tô sumidinha né? Vou explicar tudo pra vocês...



Eu sempre amei o mar e poderia passar horas observando as ondas vindo e indo todo o tempo, mas quando se tratava de mar aberto... ah meu querido, se acomode que é uma prosa longa.

O mar é lindo e assim como o céu eu fico fascinada por ele, acho que o Pai gosta de ver meus olhinhos besta olhando pro céu e imaginando o dia em que eu e ele vamos dançar nas nuvens. É um sonho meio doido? É! Mas ele sempre me lembra disso quando vejo uma nuvem massa, ele diz "ei Pri, imagina a gente nela" sim, Jesus vai ser muito massa! Só que o asssunto não é nuvem nem céu, é mar.

Sempre me assustou o mar aberto, sempre me causava pânico não saber o que havia embaixo dos meus pés. A insegurança e o medo de que qualquer coisa poderia me atacar a qualquer momento, e ainda o fato de não saber nadar e submergir me deixavam apavorada. Só de imaginar de estar num mar aberto me causava desespero.

Mas eu conheci uma pessoa que andou sobre as ondas. É, Andou! Tipo de boinha passeando sobre as ondas do mar. E isso não é incrível? Na verdade isso é mais que incrível! Eu nem sei dizer qual palavra isso é, mas é isso mesmo. E de uns tempos pra cá, Ele achou que tava mais do que na hora de eu perder o medo e pular de vez no mar.

No começo eu disse "ei, que loucura é essa?" Mas ele continuou insistindo nisso, dizendo que tava na hora e que não dava mais pra adiar isso. Eu quis chorar? Quis! Eu me tremi? Com certeza! Tive medo? Não. Como assim? Eu olhei nos olhos dele, escutei sua voz suave dizendo "Vem, filha! Não precisa ter medo, eu tô aqui. Vai ficar tudo bem" Sabe quando ele me disse que tudo iria ficar bem nada mais importou, nem as vozes das outras pessoas que gritavam da orla dizendo que eu tava louca e que eu devia voltar o mais rápido possível. Nada mais importou, apenas a voz do meu Pai. Fechei os olhos e me joguei no mar aberto. Ele eme segurou e desde daquele dia eu não estou à deriva.

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